Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



domingo, 6 de maio de 2012

anjos


tenho os meus pulsos
cortados por anjos
não me resta nada
a não ser esperar
a chegada da morte
refreando meus impulsos

anjos não tem culpa
das culpas da minha vida
esfarrapadas em desculpas
cerzidas entre meus pulsos

anjos não sentem raiva
anjos não sentem ciúme
anjos não sentem sangue
nem sentem o gosto do meu

anjos não devem desculpas
pelas tantas penas que trago
minha dor sangrada e oculta
anjos não causam estragos

anjos são feitos de éter
anjos são feitos de luz
anjos são quase etéreos
anjos serão minha cruz

anjos não pedem socorro
agem sempre com honradez
me pergunto enquanto morro
serei eu anjo alguma vez?

nos domínios dos demônios
sou mais um em suas hostes
não sou casto como os anjos
minha iluminação vem de postes.




Poema de Caíto