Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A INIMIGA



A INIMIGA
Autora: Gabriela Boechat
Gabriela Boechat é artista plástica e faz parte dos grupos de poesia
Gambiarra Profana e Po-de-Poesia
Eu Arnoldo Pimentel tenho muito orgulho de ter divido a noite de autográfos
do meu livro "Ventos na Primavera" com a exposição "Nu da Minha Voz" da minha
amiga Gabriela Boechat no Centro Cultural Donana

Aprendi
Da maneira mais gentil
Que minha inimiga mora aqui
Em meu ouvido esquerdo.
É ela que fala do medo,
É ela que ri descontrolada
Quando a mão que afaga bate,
Quando a mão que bate afaga
No costume da madrugada
Na hora do seu sono...
Na hora do meu sono.
É ela que sai do nada vestida de guerra
Prega assim a lança em meu ombro
Me causa espanto
Tinha esquecido dessa gana de ir!
Mas pior é quando em remanso ela chora encolhida
É assim quando sem nada explicar, meu amado me manda ir...