Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



segunda-feira, 28 de junho de 2010

VULTO FERIDO (TRILOGIA DO BAR)



VULTO FERIDO

É ali que me sinto feliz
Entre um drink e outro
Nasce minha poesia
Esqueço a amargura do dia

É ali que me encontro
Que me desencontro
Que deixo garrafas partidas
Que vivo minha vida sem vida

Sou apenas um vulto no bar
Um vulto que não serve para ninguém amar
Um vulto que só sabe chorar

Sou um vento que passou na mesa do bar
Um vento que não toca nem a flor
Um vento que nasceu sem cor

Sou um vento ferido
Um vento ferido que não sabe amar
Que não sabe soprar
Na direção do mar

OCASO DE UMA VIDA (TRILOGIA DO BAR)



OCASO DE UMA VIDA

A garrafa ficou vazia
Sobre a mesa do bar
Não tem nada na vida
Não aprendeu a amar

Está sem cores
Perdeu seus pudores
Enquanto tentava ajeitar a gravata
Apenas para se enfeitar

As ruas estão cambaleando à sua frente
Esqueceu os dormentes
Que usaria para poder se deitar

Seu sol não vai nascer
Seu corpo esgotado vai estremecer
Enfim, vai cair e não mais viver



Futuro,
passado que irá
se realizar.
O meu presente
é sorriso,
testículos,
veias,
vaginas,
ungidos divinamente
por gemidos
miraculosos
que são soprados
em sussurros
no ouvido.

Jorge Medeiros ( 27-11-2008)