Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quarta-feira, 27 de maio de 2009

Salve-nos Oh Jorge!!!!!!!!!

Lua de São Jorge sobre o Rio
Abençoa-nos nos dias de frio
Quando o menino chora sem pai
Quando os pais choram sem seus meninos

Abençoa-nos Jorge
Quando os inoportunos ais nos acometem
De uma bala perdida nos morros

Combata este Dragão por nós
Não deixe que ele nos amedronte mais
Fazendo-nos fugir de nossos sonhos

Combata a causa da dor de cada família
Que na subida ou descida desta Grande Comunidade
Assustada - pede socorro aos santos

Oh Jorge!!!!
Iluminai-nos com sua Grande Luz de Bondade Eterna!!
Fazei-nos em Deus seus filhos e cuidai de nós!!!
Salve Jorge!!!!!!!!!!

Pois estamos órfãos nesta Grande Cidade
Que de Maravilhosa perdeu seu viço
Hoje - neste dia eu fico
Com minha fé em Ti posta
E te peço - Por Sua Lua!
Salve-nos Jorge!!!!!!!!!!!!



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domingo, 17 de maio de 2009

Ensaio Abolicionista



Um sorriso negro... lustroso

Um afago negro... ô negro!

Tens a história, as marcas

As cicatrizes do tempo.

Ah, esse sorriso... negro... brejeiro!

Um olhar de um negro... te explora e te suplicia

Tens a pele ofegante, um jeito marcante

Os sonhos incessantes... se findam na vida.

Ah... esse sorriso... negro... nego

Diz tanta coisa... guerras, dores,

Tens nesse sorriso... o calar, o cantar

O que quero desse sorriso... nêgo...

São os amores do negro.

(Jorge Medeiros - 03/11/1997 - 20:50h )




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O beijo e o Bicho


Eu dei um beijo na cabeça do bicho
Perplexado com meu ato
passei a refletir num tom apressado
o que esse beijo me podia causar.
Uma virose louca devido ao grande contato
de seu pêlo em minha boca?
Uma alergia infeliz
devido à proximidade
de seu aroma em meu nariz?
Uma doença estranha
devido ao toque
de meus dedos em suas entranhas?

Amedrontado com meu ato
deixo que o eixo do medo
supere a ternura do beijo.

Bicho que não pediu beijo
porque deixo que o meu preconceito
atravesse como uma espada de aço o meu peito?

Beijo: ato de amor.
Beijo: para aliviar a dor.
Bicho: criatura intrigante.
Bicho: ser interessante.

Beijo: sinal de carinho.
Beijo: derrubando os espinhos.
Bicho: animal consciente.
Bicho: quase igual a gente.

Não sabendo o que se passava na cabeça do bicho
passei a pensar que sabia o que se passava na minha.
Mas sabendo que o bicho tudo tinha a ver com isso
passei a responder com a razâo o que o coração não adivinha.

Oh Senhor, Deus do Universo.
Por tudo que há de mais imerso,
Não permita que eu jogue meus lábios no lixo.
Pois na minha cabeça
ainda beija
o beijo que eu dei
na cabeça do bicho.

(Marcio Rufino)


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sábado, 9 de maio de 2009

Esfinge


Escandalizam-se as canções
Embriagam-se as palavras
Escorrem-se as poesias
Embelezam-se os dias
Enluaram-se as noites
Esplendorosas expressões do amor
Empolga-nos,
Exprimem-nos imensidões
Embora, o que me enraiza,
Empolgantemente,
É a tua esfinge.

(Jorge Medeiros - 01/07/1998 16:00)


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